sexta-feira, julho 09, 2010

Ah. mulher.. mulher. mulher.

Hoje me fiz uma pergunta, digamos, interessante: Quem somos nós mulheres?
Sim, mulheres em geral. Que "bicho" é esse, que tantos já escreveram tanto, outros já tanto tentaram definir, alguns amaram e outros ainda hoje invejam.
E parei para pensar que, nem mesmo nós mulheres sabemos ao certo quem somos. (Por isso, parem de neuras homens, quem são vocês para saberem o que nós queremos, se nem nós mesmos sabemos? rs)

Mas acho que buscando bem ao fundo, podemos não definir, mas buscar características únicas e peculiares que se não em todas, em sua grande maioria as mulheres têm.


Já dizia a sábia (e também mulher) Rita Lee: "Mulher é bicho esquisito.. todo mês sangra.." Mas não é só isso.
Mulher é um ser que vive numa corda bamba. Ora é forte, guerreira, mais homem do que muito homem, mas tem horas que não, é alguém frágil, que uma simples palavra (ou falta dela) a faz desmoronar.
Putz.. que dilema!
Por muito tempo, e até hoje confesso, a mulher é tida como "sexo frágil"! Sexo frágil o cacete! rs Somos mais fortes do que as pessoas julgam e pensam. Mas força quase sempre vem aliada com sensibilidade e é essa ora maldida, ora bendita sensibilidade que nos faz ser "frágil".
Mas o que muitos homens nao sabem, é que nós sacamos eles e sabemos que o que homem gosta é de mulherzinha.. rs.. explico: aquela que pede ajuda para trocar o pneu, que acorda no meio da noite com medo,que não sabe tudo da vida, não digo mulher fresca (se bem que tem uns que eu mesmo conheço que adoram rs).. mas mulher dependente. Afinal, o que eles querem é serem úteis. rs
E o que as mulheres fazem? Se fazem de frágeis e precisadas de ajuda. Afinal, se os homens gostam de mulheres assim, e as mulheres gostam de homem... não preciso terminar a frase, ne? Vocês me entendem.. rs

Mas calma, vocês podem estar achando que esse meu discurso está feminista demais.. hahahaha... e não, eu não sou feminista, mas diante de uma sociedade tão MACHISTA, muitas vezes, nós mulheres, temos que transformar nossos contos de fada em realidade e nossos principes encantados em meros (e as vezes chatos) mortais.

Mulher nasce menina, e vira mulher. Nasce já com desejo de ser mãe, de cuidar. Não é a toa que brincamos tanto de casinha e boneca. Mulher é aquele ser que muitas vezes se preocupa mais com quem ama do que com ela mesma.

Que mulher nunca teve:
Um sutiã meio furado.
Um primo meio tarado.
Ou um amigo meio viado?

Que mulher nunca tomou:
Um fora de querer sumir.
Um porre de cair.
Ou um lexotan para dormir?

Que mulher nunca sonhou:
Com a sogra morta, estendida.
Em ser muito feliz na vida.
Ou com uma lipo na barriga?

Que mulher nunca pensou:
Em dar fim numa panela.
Jogar os filhos pela janela.
Ou que a culpa era toda dela?

Que mulher nunca penou:
Para ter a perna depilada.
Para aturar uma empregada.
Ou para trabalhar menstruada?

Que mulher nunca comeu:
Uma caixa de Bis, por ansiedade.
Uma alface, no almoço, por vaidade.
Ou, um canalha por saudade?

Que mulher nunca apertou:
O pé no sapato para caber.
A barriga para emagrecer.
Ou um ursinho para não enlouquecer?

Que mulher nunca jurou:
Que não estava ao telefone.
Que não pensa em silicone.
Ou que “dele” não lembra nem o nome?


Todo esse texto na verdade foi para mostrar que não somos bobas, e aprendemos com o tempo lidar com as teias da vida. Mas não posso negar, sim, somos sensiveis, choramos com besteiras, nos entregamos por amor (nem sempre correspondido), queremos que esse cara seja O cara e não apenas mais um. Nos sentimos frágeis em determinadas situações. Temos TPM e ficamos mais sensíveis ainda. Gosto de pensar que as mulheres são como rosas (não falo que são flores apenas, mas sim rosas), pois somos belas, impressionamos quando se está na nossa presença, temos espinhos que quando manuseados sem cuidado ferem, mas precisamos ser cuidadas e regadas, proteidas para não nos despatalarmos ao vento. E o mais importante nunca, jamais, devemos ser deixadas de lado. Afinal, sentimos e sentimos muito. Mas cá entre nós, quem não sente?

Foto: Peterson Sitônio

2 comentários:

Peterson Sitônio disse...

Muito bom o texto.

Imagina quanta mulher já pensou em escrever sobre isso e nunca escreveu.
Imagina quanta mulher pensa em tudo isso e faz ao contrário.
Imagina que escrever faz bem e nos traz uma emoção literária.
Imagina que magnífico ler e escrever, sentir e digitar, pensar e expressar!

Parabéns Tici!

Anônimo disse...

(Guina)

Hum.. Interessante viu Tici, gostei.
Depois quero conversar contigo sobre o tema =D

Beijos.