quinta-feira, julho 29, 2010

Confiança

O que define essa palavra tão simples mas ao mesmo tempo tão complexa?
A origem da palavra confiança - transformar fibra em fio - remonta aos tempos em que fiar era tarefa difícil, executada em grupos que exigiam parceria e colaboração de cada parte. A confiança é bilateral, incondicional, fé cega de entrega irracional, mas não ingênua.
Sim, ela não é ingênua, embora por muitas vezes deixe aquele que confia totalmente ingênuo.
Ter confiança em alguém não é algo fácil, e muito menos simples. Confiança são conquistas diárias a partir de requisitos e ações que denotam integridade, retidão, competência, honradez de compromissos. Ela é intrínseca e subjetiva. Mas também é extremista: ou você confia ou não confia. Não existe meio termo.

E por ser assim, quando quebrada é tão dificil ser refeita.

Alguns (muito sábios) dizem que confiança é como cristal, uma vez quebrada jamais consertada novamente. E é a mais pura verdade.
Mas porque é tão dificil voltar a confiar em quem nos decepcionou?
ahh.. porque quem faz uma vez, tem a capacidade de fazer a segunda.. e a terceira.. e por que não a vigézima???

Se for melhor para entender, pensa em algo de vidro (tão sensível quanto a confiança). Se esse objeto cair e quebrar, como fazer para ele voltar a ser o que era? Colar? Montar? Mas seja honesto, o objeto volta a ser igual? Exatamente igual? Ou ele sempre terá aquelas ruguinhas? Frizos que antes não existiam? É a mesma coisa com a nossa confiança. Para ter o dito objeto novamente, igual, sem rachaduras só comprando outro. E a confiança, infelizmente não pode ser comprada. Muito menos imposta. E tão somente conquistada.

Por isso, quando for trair alguém, magoar ou ferir sentimentos, pense duas, três e por que não vinte vezes. Principalmente se esse pessoa for importante para você, porque se você perder a confiança dessa pessoa é muito pouco provável que recupere ela de volta.

Um comentário:

Maísa Picasso disse...

Oi, Tici. Confiança é algo sério mesmo.
Acho que todos nós temos coisas que são tão preciosas em nossas vidas que só entregamos a Deus. Acho também que perdoar quando alguém nos faz mal é essencial, guardar mágoa é muito ruim. Dissipar a dor e deixar essa experiência negativa ir é o ideal. Não precisamos conviver com intimidade com aquela pessoa, se ainda machucar. Mas desejar o melhor para ela, desejar seu bem e que vá em paz, nos caminhos da vida, pode ser uma boa solução. É inevitável que às vezes a gente machuque e se machuque. Entender que todos erram, se colocar no lugar do outro pode ser uma boa solução, antes de nos fecharmos para o mundo. A verdade é que cada um vive e pensa como pode, como sabe. Nem sempre ferimos ou somos feridos por maldade, não é mesmo? Beijos!